A Ginástica Hipopressiva é uma combinação de exercícios damusculatura abdominal, da musculatura do assoalho pélvicoe da musculatura peitoral criada na década de 1950 pelo médico francês Marcel Caufriez.
Esta combinação de exercícios produz um tipo particular de movimento dos músculos abdominais (conhecido como manobra de aspiração diafragmática) que tem a propriedade de puxar para cima os órgãos da pelve (bexiga, útero, ovários, etc).
Ela trabalha o abdômen e a cintura pélvica, mas não visa a beleza e sim a saúde: combate a constipação intestinal e os problemas posturais. E a barriga definida vem de brinde...
Na Europa, em países como Bélgica e França, a ginástica hipopressiva é um bem popular. Até porque o método nasceu naquela região, idealizado pelo fisioterapeuta Marcel Caufriez. No Brasil, ela ainda é pouco conhecida pela grande maioria das pessoas. Afinal, sua indicação mais usual é para a incontinência urinária e o tratamento de problemas posturais.
Os exercícios - que trabalham basicamente a respiração e a postura - são feitos para reduzir a pressão intra-abdominal. Assim, protegem, reforçam e estimulam os músculos do assoalho pélvico (que controlam o fluxo de urina e a contração da vagina), evitam dores lombares e constipações intestinais (prisão de ventre) e pubalgias (condições inflamatórias dolorosas envolvendo ossos do púbis).
Toda a postura é modificada dando ainda beleza, harmonia e fortalecimento muscular à região abdominal. E, pode acreditar, com um pouco de dedicação, mas sem o esforço monumental que os exercícios abdominais clássicos exigem, a barriga tanquinho aparece.
O principal objetivo da ginástica é restabelecer a anatomia pélvica, melhorando a função muscular do abdômen e do períneo e, conseqüentemente, o posicionamento dos órgãos internos. Mas, com a prática, foram se observando efeitos estéticos na definição do abdômen e melhora da função gastrintestinal, principalmente nos casos de constipação.
É bom saber que o excesso de gordura na região abdominal pode dificultar a execução dos movimentos, mas não é um fator limitante. Há pessoas acima do peso que têm grande mobilidade para os exercícios e magrinhos que não conseguem realizá-los.
Depende da consciência corporal de cada um. Ao trabalhar vigorosamente a respiração, essa ginástica também leva mais ar para os pulmões, melhorando a capacidade deles. Quer mais? Pode dar um up na vida sexual... Segundo os especialistas, os pacientes relatam esse "algo a mais" após algumas sessões.
Além de fortalecer os músculos e órgãos da região pélvica, o que já melhoraria na hora da relação, a ginástica hipopressiva traz maior consciência para essa área do corpo, que também concentra muita tensão. E, ao liberá-la, a pessoa começa a ter mais prazer. Ou seja, trabalha também a energia sexual.
Além de fortalecer os músculos e órgãos da região pélvica, o que já melhoraria na hora da relação, a ginástica hipopressiva traz maior consciência para essa área do corpo, que também concentra muita tensão. E, ao liberá-la, a pessoa começa a ter mais prazer. Ou seja, trabalha também a energia sexual.
Quanto praticar?
O ideal é que os exercícios sejam feitos em pequenas séries, três vezes por semana. Inicialmente podem ser realizados duas vezes no consultório do fisioterapeuta e uma vez em casa. Ganhando habilidade, o praticante passa a fazer duas vezes em casa e uma vez no consultório. Se os movimentos forem realizados corretamente, os resultados aparecem em três meses.
Qual é a diferença?
O exercício abdominal comumente realizado para o fortalecimento dos músculos dessa região favorece o aumento da pressão intra-abdominal e, com isso, há um aumento da sobrecarga no períneo e na coluna. A ginástica hipopressiva, por sua vez, auxilia no maior controle dos diferentes músculos abdominais, uma vez que estimula mais percepção da região abdominal e de seus órgãos. Os resultados, porém, ficam restritos à capacidade do praticante de realizar corretamente as séries, uma vez que essas exigem mais concentração e consciência corporal.
Onde e com quem?
A ginástica hipopressiva é realizada por um grupo restrito de profissionais, porque para trabalhar com a técnica é necessário fazer um curso ministrado pelo fisioterapeuta francês Marcel Caufriez, que vem ao Brasil a cada dois anos. Mas alguns fisioterapeutas que atuam em reabilitação pélvica fazem uso da terapia para casos de incontinência urinária. Então, os interessados em realizar o tratamento devem procurar
profissionais com essa formação específica.
A manobra é formada por três movimentos em sequência: contração dos músculos abdominais, contração da MAP e contração dos músculos intercostais e peitorais. Preferencialmente a mulher deve estar deitada confortavelmente, sobre uma superfície firme e com os joelhos semi-dobrados (pés apoiados no chão).
Contração dos Abdominais: deve-se inspirar (puxar o ar) profundamente, soltar lentamente todo o ar e então trancar a respiração enquanto se contrái os abdominais com força, encolhendo a barriga, empurrando o umbigo para dentro como se faz para tentar fechar o zíper de uma calça apertada;
Contração da MAP: mantendo a barriga encolhida, a MAP deve ser contraída com toda a força e sustentada (sem soltar);
Contração dos Intercostais e Peitorais: ainda com a barriga encolhida e a MAP contraída, deve-se estufar o peito, afastando as costelas e abrindo os ombros (sem mexer os braços ou os ombros).