A sexualidade é um processo amplo e muita vez complexo. Para a Organização Mundial da Saúde, a felicidade sexual é uma condição inseparável da condição de saúde. Com isso, a Fisioterapia assume importância na obtenção do prazer sexual.
As disfunções sexuais, portanto, caracterizam-se por falta, excesso, desconforto ou até a própria dor na expressão e no desenvolvimento do ciclo sexual, afetando uma ou mais fases. Quanto mais precocemente incidir o comprometimento do ciclo, mais prejuízo acarretará à resposta sexual e mais complexos serão o quadro clínico e respectivamente o prognóstico e tratamento.
É importante conhecer a motivação da paciente para a busca do tratamento, sendo que nem sempre a paciente procura ajuda para melhorar a sua qualidade de vida sexual, às vezes, faz por imposição do parceiro, medo de separação ou ainda com o propósito de manter a família, nos casos em que ele solicita uma resolução da disfunção.
Atualmente é reconhecido o importante papel da musculatura do assoalho pélvico em nível da função sexual e na contribuição da expressão motora da resposta sexual. Assim, como qualquer outro músculo esquelético, os músculos do períneo também têm a propriedade de aumentar o tônus estático e a força de resposta rápida.
Baseado no conhecimento de suas funções nota-se a importância da função muscular normal do assoalho pélvico. O enfraquecimento dos músculos da região do períneo resulta em deficiências dos sistemas ginecológico, urinário e gastrointestinal.
Sendo assim, os fisioterapeutas tornam-se cada vez mais participativos no aprimoramento ou na reabilitação desta musculatura. Trataremos aqui das dificuldades que essa mulher “moderna” enfrenta diante do apelo e da tirania sexual que se estabeleceu nas últimas décadas. Essa tirania desvincula conhecimento, felicidade, afetividade da prática sexual.
A obrigatoriedade do orgasmo, a virgindade vista como vergonha faz com que a mulher fique ainda mais retraída para expor seus problemas para a sociedade e até mesmo para profissionais da área.
Os músculos do assoalho pélvico têm três funções: de suporte, mantendo no local os órgãos pélvicos; esfincteriana, impedindo a saída de urina, de fezes e de gazes e função sexual, ajudando as mulheres a prender o pênis na hora da relação sexual aumentando as sensações vaginais.
O sexo feminino é tido como “passivo”, possui sexualidade mais difusa (corpo todo) uma vivência mais espiritual e uma sensualidade maior que a genitalidade, ao contrário do homem que possui sexualidade mais focalizada (genital) e uma vivência mais objetiva, portanto, mais condizente com a turbulência do dia-a-dia.
No tratamento de uma disfunção sexual, o paciente deve ser pensado como um todo, emocional e físico. Porque as emoções desencadeiam processos físicos pela liberação de neurotransmissores. Para isso, torna-se importante o enfoque interdisciplinar com a participação de diversos profissionais, tais como ginecologista, psicólogo, sexológo e fisioterapeuta.
Devido à grande quantidade de mulheres que sofrem de anorgasmia entendemos a necessidade de outras áreas – não só a medicina e a psicologia – abrangerem o tema. Nessa área a Fisioterapia é uma inovação que pode trazer benefícios a muitos casais e principalmente para as mulheres.
A Fisioterapia aplicada à disfunção sexual feminina pode trabalhar com técnicas simples e de baixo custo, um exemplo deste é a cinesioterapia, utilizando técnicas específicas para disfunção sexual tais como cones vaginais; assim melhorando a vida sexual dessas mulheres que enfrentam dificuldades para alcançar o orgasmo.