quinta-feira, 4 de agosto de 2011




CONES VAGINAIS

Consulte seu médico ginecologista ou um fisioterapeuta especialista antes de iniciar a prática dos exercícios para o assoalho pélvico.

Há muitos casos de incontinência urinária que podem ser tratados de maneira conservadora, ou seja, que não precisam de intervenção cirúrgica. Mesmo quando a indicação médica for uma cirurgia, o fortalecimento dos músculos da região do assoalho pélvico pode ser uma ótima alternativa para uma preparação pré-operatória. Dentre as técnicas utilizadas para esse tratamento, que atualmente é conhecido como treinamento da musculatura do assoalho pélvico, estão os cones vaginais.

São dispositivos com forma e volume iguais, que variam de peso (entre 20 – 70g). Para facilitar eles possuem cores diferentes, conforme o peso. Internamente são compostos de aço inoxidável e são revestidos de plástico. Na extremidade inferior há um fio de nylon, que auxilia a remoção.

Como utilizar o cone?

Inicialmente a força da MAP e as condições ginecológicas e gerais de saúde da mulher devem ser avaliadas por profissionais, e o cone vaginal ideial deve ser escolhido. Por questões de higiene o cone deve ser utilizado com um preservativo não lubrificado (comprado em qualquer farmácia). O uso de lubrificantes no cone aumenta o grau de dificuldade do treino.


Para a inserção do cone, a mulher pode estar deitada com as pernas afastadas, ou em pé, com um dos pés apoiados sobre uma cadeira. O cone deve ser inserido com a parte mais larga para cima (em direção ao colo uterino). O dedo médio pode servir de guia, empurrando o dispositivo para cima. A parte cônica inferior (mais estreita, onde prende-se o fio de remoção) é a zona onde os músculos do assoalho pélvico (MAP) irão agir durante o exercício, impulsionando o cone para cima.
O cone deve ser posicionado profundamente, lá pela metade da vagina, de modo que fique acima da linha da MAP. Se ele não estiver suficientemente fundo, a MAP o empurrará para baixo ao invés de para cima, tornando o exercício ineficaz.


Se a mulher, ao ficar em pé, não sentir peso nenhum, ou então se o cone ficar parado na vagina mesmo que ela não esteja contraindo a MAP, ou então se ela consegue segurar o cone sem cair por mais de 10 segundos, o cone está muito leve, e deve ser trocado pelo próximo, mais pesado.
Se, quando em pé, a mulher conseguir segurar o cone na vagina mas só por menos que 3 segundos, então o cone é muito pesado, e deve ser substituído pelo anterior, mais leve.


 Sempre deve ser trabalhada a respiração durante os exercícios para a MAP, inclusive com cones vaginais. Procure relaxar e respirar de maneira lenta, suave e profunda. Nunca tranque a respiração, pois desta forma provavelmente os abdominais estão sendo indesejavelmente contraídos, ao invés da MAP.

A intensidade e duração dos exercícios com cones vaginais também é variável de acordo com cada caso e objetivo. Por exemplo, para regredir uma incontinência urinária moderada proveniente de fraqueza da MAP, normalmente são requeridos, em média, 3 meses de treinamento intensivo com os cones.


Uma das vantagens do treino com cones vaginais é o tempo necessário. Em alguns programas a sessão pode ser bastante rápida, de até 15 minutos. O ponto decisivo no treino com cones é, como em qualquer outro trabalho de fortalecimento, saber escolher o cone certo para cada caso 


É importante lembrar que a utilização de qualquer técnica de reabilitação deve ter a orientação de um profissional habilitado, que saberá avaliar quais técnicas trarão melhores resultados para o seu caso e quais estão contra-indicadas. 

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