quinta-feira, 26 de abril de 2012

Falta de desejo sexual!!!



Milhões de mulheres reclamam da perda do apetite sexual e a maioria não está feliz com essa situação. Mas especialistas dizem que para resolver o problema basta saber onde olhar.
O problema clinicamente conhecido como HSDD (desejo sexual hipoativo) sempre existiu, mas cada vez mais mulheres revelam sofrerem dele e lutam pelo seu desejo de fazer sexo, principalmente após o surgimento de drogas como o Viagra, pois elas também querem uma solução para sua falta de desejo. Estima-se que o baixo desejo sexual possa estar presente em 25 a 53% das mulheres de 25 a 70 anos, em condições sócio-econômicas diversas, nível cultural precário ou elevado, em diferentes etnias, vivendo em zonas urbanas ou rurais.
Mas no caso delas, a questão é um pouco mais complicada. Enquanto o desejo do sexo masculino é facilmente definido, e relativamente fácil de restaurar, esse não é o caso das mulheres, pois para elas o desejo sexual tem múltiplas facetas. Ele não é apenas influenciado por problemas físicos, mas emocionais também. Por isso, apesar de parte do desejo de fazer amor ser claramente físico, problemas como a depressão podem fazer diferença, assim como qualquer dificuldade emocional na vida de uma mulher.
Enquanto esses são os motivos mais freqüentementes por trás da perda de desejo em mulheres mais jovens, especialistas afirmam que para mulheres com mais de 45 geralmente é o próprio processo de envelhecimento que causa mudanças no desejo sexual.
Esta queixa de ‘baixo’ desejo sexual sempre é uma das principais afirmações da mulher, seja em consulta com seu ginecologista, seja quando solicita orientação do endocrinologista, porque se acredita que o problema é ‘hormonal’. O fato é que libido decrescente pode causar problemas no relacionamento íntimo do casal e, talvez, seja um dos motivos pelo qual a mulher não se aventura a um novo relacionamento. É óbvio que a diminuição de atração sexual é multifatorial podendo ser ligado a um relacionamento tumultuoso, cheio de problemas pessoais, financeiros, familiares, até a negligência do parceiro no aspecto físico, presença de moléstia crônica, tratamentos prolongados para depressão ou angústia, perda do emprego (tanto de um como do outro parceiro), certos medicamentos que agem no sistema nervoso central, e falta total de hormônio feminino (menopausa precoce). Todos estes fatores podem estar isoladamente presentes ou se associarem causando a chamada frigidez na mulher.
O estrogênio é um hormônio que trabalha no cérebro para manter o interesse no sexo. Entretanto, ele também atua diretamente nos genitais, ajudando a aumentar sensações e fazendo o sexo ser mais prazeroso.
Sem ele, não apenas a vontade de fazer sexo pode diminuir como o tecido vaginal pode começar a secar e encolher. Como resultado disso, a penetração pode se tornar desconfortável, ou até mesmo dolorosa.
Além do estrogênio, também a testosterona está se mostrando importante na hora de manter o desejo sexual das mulheres
Descobrir se o problema está restrito a esfera sexual, ou possui causas subjacentes tais como:
- Depressão,
- Anemia,
- Problemas de tireóide,
- Uso de medicamentos,
- E muitas outras doenças que podem afetar a sexualidade.
MENOPAUSA: Quando a mulher para de ovular ela para de ter essa vontade acentuada durante alguns dias do mês, e muitas notam isso. O que não significa que exista alguma coisa errada com elas, pois esse processo é natural e normal.

Tratamento:
Os hormônios que a mulher deixa de produzir naturalmente podem ser recuperados de forma externa, através de remédios. No entanto, Carolina Carvalho, ginecologista, altera para as contra-indicações. A reposição hormonal deve ser questionada para manutenção das características físicas femininas, como corpo arredondado e a voz", explica, acrescentando que os hormônios também podem provocar o ressecamento da pele e dos cabelos.
Outra forma de melhorar a vida sexual das mulheres é o uso de lubrificantes. "Como nessa fase a mulher fica com a vagina seca, é preciso o uso de algum tipo de lubrificante e também muita paciência, já que o desejo não é tanto", indica a ginecologista.
A fisioterapia pode ser utilizada como uma técnica auxiliar no tratamento das disfunções sexuais femininas, já que apresenta bons resultados e resposta rápida. Atua no treinamento da musculatura do assoalho pélvico (localizado na região inferior da pelve), através de exercícios em várias posturas, associado à conscientização e propriocepção destes músculos, com o intuito de promover aumento da força, melhora do fluxo sanguíneo local, aumento da mobilidade pélvica e da sensibilidade clitoriana, potencializando, assim, a excitação, a lubrificação vaginal e o orgasmo, ou seja, a resposta do ciclo sexual. Portanto, isso sugere o potencial da abordagem fisioterapêutica como coadjuvante no tratamento das disfunções sexuais em geral.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dor Pélvica Crônica





Dor pélvica crônica é definida como dor pélvica não menstrual ou não cíclica, com duração de pelo menos seis meses, suficientemente intensa para interferir em atividades habituais e que necessita de tratamento clínico ou cirúrgico.
A etiologia não é clara e, usualmente, resulta de uma complexa interação entre os sistemas gastrintestinal, urinário, ginecológico, músculo-esquelético, neurológico, psicológico e endócrino, influenciado ainda por fatores socioculturais
Mas independente da causa, os sintomas são característicos. A dor decorrente da DPC é um dos sintomas que mais afetam a qualidade de vida das mulheres, comprometendo as atividades diárias e os aspectos sexuais (dor na relação, falta de interesse, anorgasmia).
Essa dor intensa causa um aumento da tensão muscular no corpo, e como a musculatura da pelve, abdome, coluna e membros inferiores dividem a inervação com estruturas do aparelho urogenital, muitas vezes a dor oriunda dessas estruturas pode facilmente confundir uma dor de origem uroginecológica, gerando um ciclo vicioso de dor e tensão. 
A dor pélvica crônica devido a uma condição ginecológica geralmente é tratada clinicamente. Em alguns casos, no entanto, a cirurgia pode ser o tratamento de escolha. 
          
TRATAMENTO CLÍNICO           
Medicação pode ser prescrita uma vez que os exames laboratoriais e de imagem sugiram que a dor é devido a uma condição ginecológica. Drogas que podem ser usadas incluem:
 ·         Anti-inflamatórios não esteróides;
 ·         Anticoncepcionais orais;
 ·         Antibióticos, em casos de doença inflamatória pélvica;
 ·         Análogos do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), usados para tratar alguns casos de endometriose. 
           
CLÍNICAS DE MANEJO DA DOR           
Se as medicações não são efetivas no tratamento da dor, a mulher deve ser encaminhada a uma clínica especializada no manejo da dor. Os serviços de dor utilizam múltiplas modalidades de tratamento, incluindo:
 ·         Acupuntura;
 ·         Biofeedbck e técnicas de relaxamento;
 ·         Estimulação nervosa;
 ·         Injeção de anestesia local nos pontos dolorosos.Os serviços de dor podem ajudar mulheres que se tornaram dependentes de narcóticos para o alívio da dor. 
          
TRATAMENTO CIRÚRGICO           
Poucas causas ginecológicas de dor pélvica crônica podem ser tratadas cirurgicamente. Por exemplo, algumas mulheres se beneficiam com a remoção cirúrgica de focos de endometriose. A histerectomia pode aliviar a dor pélvica crônica, especialmente quando esta é decorrente de desordens como adenomiose e miomas. No entanto, a dor pode persistir mesmo após a histerectomia, particularmente em mulheres jovens e em mulheres com história de doença inflamatória pélvica crônica ou disfunção do assoalho pélvico. Histerectomia não é uma boa escolha para o manejo da dor pélvica crônica em mulheres que ainda pensam em engravidar.            
 A cirurgia para se cortar alguns nervos da pelve também tem sido estudada como tratamento para dor pélvica crônica, mas até o momento esta alternativa não provou ser efetiva para a maioria das mulheres. 


FISIOTERAPIA          

A fisioterapia de assoalho pélvico é freqüentemente útil para mulheres com músculos pélvicos dolorosos e tensos. Este tipo de fisioterapia visa diminuir a tensão nestes músculos; o tratamento é direcionado aos músculos na vagina, quadril, coxas e região lombar baixa. Os fisioterapeutas que realizam este tipo de fisioterapia devem ser especialmente treinados. 
É muito importante que a paciente com DPC saiba que o tratamento não proporciona a cura, e sim o alívio dos sintomas, melhorando a sua qualidade de vida.
Além da fisioterapia, uma abordagem multidisciplinar se faz necessária, incluindo principalmente médico e psicólogo.  Como as mulheres com DPC frequentemente apresentam alguma alteração na musculatura do assoalho pélvico, a fisioterapia atua no alívio da dor e na reeducação muscular e sensitiva desta região.
Para alcançar esses objetivos o fisioterapeuta faz uso de massagens, liberação dos trigger points (pontos de tensão muscular), alongamentos, exercícios terapêuticos e trabalho postural. É importante que a mulher procure um fisioterapeuta especialista em uroginecologia. 
A melhora é gradual e o processo pode ser doloroso, mas é fundamental que a mulher persista e realize o tratamento regularmente