Milhões de mulheres reclamam da perda do
apetite sexual e a maioria não está feliz com essa situação. Mas especialistas
dizem que para resolver o problema basta saber onde olhar.
O problema clinicamente conhecido como HSDD
(desejo sexual hipoativo) sempre existiu, mas cada vez mais mulheres revelam
sofrerem dele e lutam pelo seu desejo de fazer sexo, principalmente após o
surgimento de drogas como o Viagra, pois elas também querem uma solução para
sua falta de desejo. Estima-se que o baixo desejo sexual possa estar presente
em 25 a 53% das mulheres de 25 a 70 anos, em condições sócio-econômicas
diversas, nível cultural precário ou elevado, em diferentes etnias, vivendo em
zonas urbanas ou rurais.
Mas no caso delas, a questão é um pouco
mais complicada. Enquanto o desejo do sexo masculino é facilmente definido, e
relativamente fácil de restaurar, esse não é o caso das mulheres, pois para
elas o desejo sexual tem múltiplas facetas. Ele não é apenas influenciado por
problemas físicos, mas emocionais também. Por isso, apesar de parte do desejo
de fazer amor ser claramente físico, problemas como a depressão podem fazer
diferença, assim como qualquer dificuldade emocional na vida de uma mulher.
Enquanto
esses são os motivos mais freqüentementes por trás da perda de desejo em
mulheres mais jovens, especialistas afirmam que para mulheres com mais de 45
geralmente é o próprio processo de envelhecimento que causa mudanças no desejo
sexual.
Esta queixa de ‘baixo’ desejo sexual sempre
é uma das principais afirmações da mulher, seja em consulta com seu
ginecologista, seja quando solicita orientação do endocrinologista, porque se
acredita que o problema é ‘hormonal’. O fato é que libido decrescente pode
causar problemas no relacionamento íntimo do casal e, talvez, seja um dos
motivos pelo qual a mulher não se aventura a um novo relacionamento. É óbvio
que a diminuição de atração sexual é multifatorial podendo ser ligado a um
relacionamento tumultuoso, cheio de problemas pessoais, financeiros,
familiares, até a negligência do parceiro no aspecto físico, presença de
moléstia crônica, tratamentos prolongados para depressão ou angústia, perda do
emprego (tanto de um como do outro parceiro), certos medicamentos que agem no
sistema nervoso central, e falta total de hormônio feminino (menopausa
precoce). Todos estes fatores podem estar isoladamente presentes ou se
associarem causando a chamada frigidez na mulher.
O estrogênio é um hormônio que trabalha no
cérebro para manter o interesse no sexo. Entretanto, ele também atua
diretamente nos genitais, ajudando a aumentar sensações e fazendo o sexo ser
mais prazeroso.
Sem ele, não apenas a vontade de fazer sexo
pode diminuir como o tecido vaginal pode começar a secar e encolher. Como
resultado disso, a penetração pode se tornar desconfortável, ou até mesmo
dolorosa.
Além
do estrogênio, também a testosterona está se mostrando importante na hora de
manter o desejo sexual das mulheres
Descobrir se o problema está restrito a
esfera sexual, ou possui causas subjacentes tais como:
-
Depressão,
-
Anemia,
-
Problemas de tireóide,
-
Uso de medicamentos,
-
E muitas outras doenças que podem afetar a sexualidade.
MENOPAUSA:
Quando a mulher para de ovular ela para de ter essa vontade acentuada durante
alguns dias do mês, e muitas notam isso. O que não significa que exista alguma
coisa errada com elas, pois esse processo é natural e normal.
Tratamento:
Os hormônios que a mulher deixa de produzir
naturalmente podem ser recuperados de forma externa, através de remédios. No
entanto, Carolina Carvalho, ginecologista, altera para as contra-indicações. A reposição
hormonal deve ser questionada para manutenção das características físicas
femininas, como corpo arredondado e a voz", explica, acrescentando que os
hormônios também podem provocar o ressecamento da pele e dos cabelos.
Outra forma de melhorar a vida sexual das
mulheres é o uso de lubrificantes. "Como nessa fase a mulher fica com a
vagina seca, é preciso o uso de algum tipo de lubrificante e também muita
paciência, já que o desejo não é tanto", indica a ginecologista.
A fisioterapia pode ser utilizada como uma
técnica auxiliar no tratamento das disfunções sexuais femininas, já que
apresenta bons resultados e resposta rápida. Atua no treinamento da musculatura
do assoalho pélvico (localizado na região inferior da pelve), através de
exercícios em várias posturas, associado à conscientização e propriocepção
destes músculos, com o intuito de promover aumento da força, melhora do fluxo
sanguíneo local, aumento da mobilidade pélvica e da sensibilidade clitoriana,
potencializando, assim, a excitação, a lubrificação vaginal e o orgasmo, ou
seja, a resposta do ciclo sexual. Portanto, isso sugere o potencial da
abordagem fisioterapêutica como coadjuvante no tratamento das disfunções
sexuais em geral.
Andrea Rodrigues Rampazio
ResponderExcluirGostei muito das suas consideraçōes, ainda que dirigida
às mulheres, de muito proveito teve para mim.
Sou seu admirador.
Gostaria de conversar a esse respeito.
Nelson Senra